Prezado leitor (a), antes de
falar sobre a liderança preconceituosa, vou discorrer sobre a origem da palavra
“preconceito”. Segundo o dicionário do
Aurélio, o “preconceito” é um conceito ou opinião formados antecipadamente, sem
maior consideração ou conhecimento dos fatos, ou seja, trata-se de um
prejulgamento.
Por conseguinte, o líder é
aquele que influencia as pessoas para
que possam alcançar os objetivos estabelecidos pelo grupo, equipe ou
organização. A situação do preconceito na qual eu quero ressaltar, é aquele no qual o líder, no âmbito de uma organização,
valoriza um grupo de colaboradores em relação à outros grupos, em virtude da
área, especialização ou decorrente de comportamentos que favorecem o ponto de
vista do líder.
Neste caso, o líder tende a
olhar o grupo preferido com mais simpatia, como por exemplo, se o líder for um
contador ou mesmo um engenheiro, a tendência
é valorizar aquele grupo ou especialidade. Existem ainda casos em que o líder tende a olhar com menos importância a atuação
de colaboradores de uma determinada especialidade, carreira ou até mesmo pelo colaborador ser terceirizado, somente
porque acha que aquele grupo não contribui de maneira decisiva para o sucesso
da organização.
Nestes casos, aquele grupo
que muitas vezes é colocado em um
segundo plano, decorrente da visão e atitudes do líder, faz somente o que está
escrito ou o que o líder solicita, ou seja, ficam apenas envolvidos com a
organização, mas nunca estarão comprometidos, visto que, estes colaboradores se
sentem desvalorizados perante à organização.
Para evitar este tipo de
situação, que aos poucos pode contribuir para resultados insatisfatórios para a
organização, o líder deve praticar diariamente um dos princípios básicos da
liderança: o auto-conhecimento. Para liderar as pessoas torna-se antes de tudo
necessário exercer a liderança sobre a própria
pessoa. Para liderar a si mesmo é preciso fazer um exercício constante de
conhecer a si mesmo, ou seja, é como se fosse uma analise “swot” do seu próprio
interior.
Um outro caminho, é a possível contratatação de uma consultoria,
onde certamente através do acompanhamento de um especialista junto a organização, com certeza este problema
será identificado, e o líder devidamente
orientado para que trate todos os colaboradores, com a devida importância, pois
a pessoa que está em um cargo de chefia, deve ter a visão de que todos os colaboradores
da organização, são importantes para que
os objetivos sejam atingidos.
Por
outro lado, esta visão do líder de que a área onde ele foi formado é melhor do
que as outras áreas, pode estar tão
enraizado em sua mente, que mesmo um consultor, em uma primeira orientação, não
será seguido em seus conselhos, ou seja, o consultor deverá ter argumentos sólidos
para demover a pessoa que exerce a função de chefia na organização, das suas
idéias preconcebidas das outras áreas, pois todos dentro da organização colaboram
também de forma igualmente importante para alcançar os objetivos, pois time em que existem grupos mais valorizados
do que os outros, na maioria das vezes perde o jogo, pois quem vence o jogo é a
equipe e não os grupos criados dentro de uma mesma equipe.