terça-feira, 7 de julho de 2015

Qual é o custo de não se identificar adequadamente os "problemas" em uma organização?




              

Há uma citação do emérito professor  Vicente Falconi que fala o seguinte: “Tem sido observado em todos os níveis gerenciais de uma organização, que grandes erros e desperdícios são evitados quando não se define adequadamente o problema”.

Pois  é, o maior “problema” nas organizações é que não se consegue definir com  lucidez e precisão qual é o “problema” que está acontecendo, pois há uma divagação muito grande, principalmente nas reuniões. O ponto de partida é haver um consenso entre todos os participantes de um processo para chegar a identificação correta  do problema.

Se formos traçar um paralelo, parece aquele caso em que o marido pega a esposa com outro no sofá da própria casa, e vai logo chegando a conclusão de que o problema na realidade é do sofá, ou seja, basta  remover o sofá da casa que o problema estará resolvido.

O “problema” aparece quando há algo que  não sai de acordo com o planejado, ou quando as coisas não estão de fato tomando o rumo que a gente quer , ou seja, existe um ponto que está fora da curva. Começa-se então  pensar: de quem é a responsabilidade na organização pela resolução dos problemas?  Salvo melhor juízo, esta responsabilidade não pode  ser somente do diretor da empresa, chefe de departamento ou qualquer outro “cacique” ou colaborador da empresa. Quando surge o problema , seja em que nível  aparecer, a responsabilidade pela resolução é de todos os integrantes da empresa.

O que acontece é que sem sombra de duvida, alguns colaboradores, deparam-se com o problema e fazem de conta que não é da alçada ou responsabilidade deles, ignoram e deixam a “coisa rolar”,  e dependendo do problema, a má semente pode se transformar em um “baobá” difícil de se controlar mais tarde.

Um dos maiores receios dos colaboradores é justamente o receio de colocar em pratica a criatividade para resolver os problemas que acontecem, visto que elas tem medo de errar, na tomada de uma ação ou sugestão de um determinado caminho para resolver o que está emperrando um processo, ou seja, o maior erro dos colaboradores é justamente o medo de errar, contudo este receio na maioria das vezes não é por culpa do colaborador, mas sim dos chefes, que não incentivam a participação ou ainda trabalham naquele tempo da administração cientifica: “você é pago para executar e não para trabalhar”.

Salvo melhor juízo, acredito que a  maioria dos problemas podem ser resolvidos de maneira simples e obvia. O grande problema é que os integrantes das organizações não conseguem identificar qual é exatamente o “problema”, e através de reuniões intermináveis perdem tempo discutindo a  posição das cadeiras no convés do Titanic, e dependendo do “problema”, quando o navio já está perto do iceberg, já é tarde demais: a empresa afundou com todos os integrantes, e de quebra leva todos os stackehouders.



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