Há uma citação do emérito
professor Vicente Falconi que fala o
seguinte: “Tem sido observado em todos os níveis gerenciais de uma organização,
que grandes erros e desperdícios são evitados quando não se define
adequadamente o problema”.
Pois é, o maior “problema” nas organizações é que
não se consegue definir com lucidez e
precisão qual é o “problema” que está acontecendo, pois há uma divagação muito
grande, principalmente nas reuniões. O ponto de partida é haver um consenso
entre todos os participantes de um processo para chegar a identificação correta
do problema.
Se formos traçar um paralelo,
parece aquele caso em que o marido pega a esposa com outro no sofá da própria
casa, e vai logo chegando a conclusão de que o problema na realidade é do sofá,
ou seja, basta remover o sofá da casa
que o problema estará resolvido.
O “problema” aparece quando há
algo que não sai de acordo com o planejado,
ou quando as coisas não estão de fato tomando o rumo que a gente quer , ou
seja, existe um ponto que está fora da curva. Começa-se então pensar: de quem é a responsabilidade na
organização pela resolução dos problemas? Salvo melhor juízo, esta responsabilidade não
pode ser somente do diretor da empresa,
chefe de departamento ou qualquer outro “cacique” ou colaborador da empresa.
Quando surge o problema , seja em que nível
aparecer, a responsabilidade pela resolução é de todos os integrantes da
empresa.
O que acontece é que sem sombra
de duvida, alguns colaboradores, deparam-se com o problema e fazem de conta que
não é da alçada ou responsabilidade deles, ignoram e deixam a “coisa
rolar”, e dependendo do problema, a má
semente pode se transformar em um “baobá” difícil de se controlar mais tarde.
Um dos maiores receios dos
colaboradores é justamente o receio de colocar em pratica a criatividade para
resolver os problemas que acontecem, visto que elas tem medo de errar, na
tomada de uma ação ou sugestão de um determinado caminho para resolver o que
está emperrando um processo, ou seja, o maior erro dos colaboradores é
justamente o medo de errar, contudo este receio na maioria das vezes não é por
culpa do colaborador, mas sim dos chefes, que não incentivam a participação ou
ainda trabalham naquele tempo da administração cientifica: “você é pago para
executar e não para trabalhar”.
Salvo melhor juízo, acredito que
a maioria dos problemas podem ser
resolvidos de maneira simples e obvia. O grande problema é que os integrantes
das organizações não conseguem identificar qual é exatamente o “problema”, e
através de reuniões intermináveis perdem tempo discutindo a posição das cadeiras no convés do Titanic, e dependendo
do “problema”, quando o navio já está perto do iceberg, já é tarde demais: a
empresa afundou com todos os integrantes, e de quebra leva todos os stackehouders.
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