Prezados leitores, muitos podem não concordar com o titulo deste
artigo, mas na minha singela e humilde
opinião, esta é a realidade de um grande
numero de brasileiros que estão ganhando o seu pão de cada dia, no trabalho
informal. E posso falar, que esta significativa parcela da população
brasileira consegue aliar o trabalho informal à
ousadia, criatividade, talento e marketing pessoal.
Na quinta feira passada pude
ver um destes brasileiros, que com sua disposição, alegria e sorriso farto
consegue consquistar os seus clientes diariamente, e além disto, ainda vende um produto bem feito e de boa
qualidade. Estou falando simplesmente do vendedor de amendoim, no Centro da
Cidade do Rio de Janeiro, chamado “Marcelinho do Amendoim”.
Estava tomando um chopp em um barzinho no centro da cidade,
acompanhado de minha esposa e amigas, quando
observei o nosso amigo Marcelinho do Amendoim vendendo amendoim para fregueses na mesa ao lado da minha. A abordagem
ao pessoal da mesa foi diferente dos outros vendedores de amendoim ou outros produtos oferecidos pelos
outros trabalhadores informais. Eu não sei se ele estudou técnicas de marketing, mas soube aplicar na
pratica os princípios basilares desta que é a ciência de saber conquistar os clientes e valorizar o
seu produto no mercado.
Pois é, o titulo deste
artigo é “emprego pode até não ter, mas trabalho é que não falta”, isto é, com
o agravamento da crise, e consequente falta do emprego formal , simplesmente nós temos que
aprender na marra, a nos virarmos nos “trinta”. Tudo bem que temos que
perseguir o emprego formal, com carteira assinada, mas se olharmos para fora da
caverna da limitação que por tantas vezes, torna o nosso horizonte limitado, podemos
pensar um pouco e vislumbrar numerosas oportunidades no emprego informal.
Estamos na era digital, há
varias oportunidades no mundo virtual para tentarmos um jeito de driblar a
crise. O nosso amigo Marcelinho do
Amendoim aproveitando a tecnologia,
vende os seus amendoins também através da maquina de debito, o que já pode se constituir
em um diferencial perante os seus concorrentes.
Cito aqui um pensamento de
um renomado palestrante chamado Roberto Shinyashiki : “Quem quer arruma um jeito, não uma desculpa”.
Não adianta ficar em casa reclamando da vida, pois o mercado formal ou informal
não vai até a sua casa te oferecer um emprego ou uma oportunidade de trabalho.
Temos que realmente ir a luta, e colocar a nossa confiança, garra e força de
vontade para criar as oportunidades que
o mercado nos oferece.
A cada dia que passa, no
Brasil, cada vez mais pessoas se tornam empreendedores individuais. Segundo a pesquisa
"Global Entrepreneurship Monitor", 34 em cada 100 brasileiros adultos
(ou seja, com idades entre 18 e 64 anos) possuem uma empresa ou estão
envolvidos com a criação de um negócio próprio. Há dez anos eram 23%. Este
dado somente comprova que devemos
ampliar a nossa visão e explorar alternativas nos dois lados da moeda: o
trabalho formal e o trabalho informal mesclado com o empreendedorismo.
Eu tenho certeza que brasileiros como o Marcelinho do Amendoim é que
fazem a diferença nesta Nação, ou seja, não
são de programas governamentais, como
os “auxílios-tudo”, que o Povo necessita. Há um velho ditado que diz o
seguinte também: “Dê o peixe, mas depois
ensine a pescar”. Uma grande nação é
feita de educação e incentivo ao empreendedorismo.
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