domingo, 8 de maio de 2016

Emprego formal pode até não ter, mas trabalho informal é o que não falta



Prezados leitores,  muitos podem não concordar com o titulo deste artigo, mas  na minha singela e humilde opinião,  esta é a realidade de um grande numero de brasileiros que estão ganhando o seu pão de cada dia, no trabalho informal.  E posso falar,  que esta significativa parcela da população brasileira consegue aliar o trabalho informal à  ousadia, criatividade, talento e marketing pessoal.

Na quinta feira passada pude ver um destes brasileiros, que com sua disposição, alegria e sorriso farto consegue consquistar os seus clientes diariamente, e além disto,  ainda vende um produto bem feito e de boa qualidade. Estou falando simplesmente do vendedor de amendoim, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro,  chamado   “Marcelinho do Amendoim”.

Estava tomando um chopp  em um barzinho no centro da cidade, acompanhado de minha esposa e amigas, quando  observei o nosso amigo Marcelinho do Amendoim  vendendo amendoim para fregueses  na mesa ao lado da minha.  A abordagem  ao pessoal da mesa foi diferente dos outros vendedores de  amendoim ou outros produtos oferecidos pelos outros trabalhadores informais. Eu não sei se ele estudou  técnicas de marketing, mas soube aplicar na pratica os princípios basilares desta que é a ciência  de saber conquistar os clientes e valorizar o seu produto no mercado.

Pois é, o titulo deste artigo é “emprego pode até não ter, mas trabalho é que não falta”, isto é, com o agravamento da crise, e consequente falta do  emprego formal , simplesmente nós temos que aprender na marra, a nos virarmos nos “trinta”. Tudo bem que temos que perseguir o emprego formal, com carteira assinada, mas se olharmos para fora da caverna da limitação que por tantas vezes,  torna o nosso horizonte limitado, podemos pensar um pouco e vislumbrar numerosas oportunidades no emprego informal.

Estamos na era digital, há varias oportunidades no mundo virtual para tentarmos um jeito de driblar a crise. O nosso amigo   Marcelinho do Amendoim  aproveitando a tecnologia, vende os seus amendoins também através da  maquina de debito, o que já pode se constituir em um diferencial perante os seus concorrentes.

Cito aqui um pensamento de um renomado palestrante  chamado Roberto  Shinyashiki :  “Quem quer arruma um jeito, não uma desculpa”. Não adianta ficar em casa reclamando da vida, pois o mercado formal ou informal não vai até a sua casa te oferecer um emprego ou uma oportunidade de trabalho. Temos que realmente ir a luta, e colocar a nossa confiança, garra e força de vontade para criar as oportunidades  que o mercado nos oferece.

A cada dia que passa, no Brasil, cada vez mais  pessoas  se tornam empreendedores individuais. Segundo a pesquisa "Global Entrepreneurship Monitor", 34 em cada 100 brasileiros adultos (ou seja, com idades entre 18 e 64 anos) possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um negócio próprio. Há dez anos eram 23%. Este dado somente comprova que   devemos ampliar a nossa visão e explorar alternativas nos dois lados da moeda: o trabalho formal e o trabalho informal mesclado com o empreendedorismo.  

Eu tenho certeza que  brasileiros como o Marcelinho do Amendoim é que fazem a diferença nesta Nação, ou seja, não  são  de programas governamentais, como  os “auxílios-tudo”, que o Povo necessita. Há um velho ditado que diz o seguinte também:  “Dê o peixe, mas depois ensine a pescar”. Uma grande  nação é feita de educação e incentivo ao empreendedorismo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário