Na seara corporativa, não há como ignorar o poder
destrutivo das relações entre os colaboradores, quando um boato é disseminado
por pessoas mal intencionadas. Primeiro, o boato atinge fortemente a (s) pessoa
(as), que estão diretamente envolvidas na história que está sendo propagada.
Então o boato vai ganhando proporções até chegar aos
níveis mais altos da organização. Há pessoas que são realmente maliciosas, e em
vez de trabalhar dignamente, se dão ao luxo de ficar propagando fatos
desabonadores acerca dos outros colaboradores.
Uma dos danos que pode provocar o boato é o aumento de
tensão no clima organizacional, pois as pessoas não param de falar
discretamente de situações, na maioria das vezes inverídicas que aconteceram
com os seus companheiros.
O problema é que a circulação de boatos pode desmotivar o
colaborador, baixar a produtividade, e
até mesmo ultrapassar as paredes da
empresa e deixar a imagem daquele colaborador corroída.
Há que se ressaltar que existem duas formas em relação ao surgimento de um boato em uma
empresa: um colaborador de má fé, ou falha na comunicação interna. A primeira
pode ser resolvida com a devida identificação e punição do colaborador, e a segunda
é uma indicação de que o nível de estrutura da comunicação está deficitária.
Para ilustrar, pena descrever a parábola abaixo,
acerca das três peneiras gregas de socrates:
Conta-se que, certa vez, um amigo procurou Sócrates, o célebre
filósofo grego, para contar-lhe algo sobre a vida de outro amigo comum.
– Quero contar-te algo
sobre nosso amigo Andreas, que vai deixá-lo boquiaberto.
– Espera, interrompeu o
filósofo, passaste o que vai dizer pelas três peneiras?
– Três peneiras?
Espantou-se o interlocutor.
– Primeira peneira: a
coisa que me contarás é verdade?
– Eu assim creio, pois
me foi contada por alguém de confiança, diz o amigo.
– Bem! Alguém te disse…
Vejamos a segunda peneira: a coisa que pretendes contar-me é boa?
O outro hesitou,
resfolegou e respondeu:
– Não exatamente…
– Não exatamente…
Só crates continuou sua
inquirição:
– Isso começa a me esclarecer. Verifiquemos a terceira peneira, que é a prova final: o que tinhas intenção de contar-me é de utilidade tanto para mim como para o nosso amigo Andreas e para ti mesmo?
– Isso começa a me esclarecer. Verifiquemos a terceira peneira, que é a prova final: o que tinhas intenção de contar-me é de utilidade tanto para mim como para o nosso amigo Andreas e para ti mesmo?
– Não, não e não!…
– Então, caro amigo,
disse sócrates, a coisa que pretendias contar-me não é certamente verdadeira,
nem boa, nem útil. Assim sendo, não tenho intenção de conhecê-la e aconselho-te
a não mais procurar veiculá-la.
Se seguirmos estas três peneiras de Sócrates acerca da analise
de um fato que é contato por outra pessoa para nós, com certeza poderemos estar
evitando a propagação irresponsável de um boato.
Um Abraço e até outro post...