sábado, 23 de julho de 2016

O prato não vai sozinho para a pia, e se lava sozinho. Ensine a criança a fazer a sua parte




Quando  é que a gente começa a educar uma criança? Há um velho ditado popular que fala o seguinte:  “a educação vem de berço”. Pois é, desde uma  tenra idade nós devemos ensinar as crianças a reconhecer que há limites para tudo na vida, ou seja, um “não” sempre que for necessário não vai fazer nenhum mal, ao contrário, vai fortalecer a capacidade da criança entender que é necessário   olhar o mundo e as pessoas ao seu redor com mais respeito  e consideração.

Em vários países como os Estados Unidos,  Japão e China , desde o momento em que a criança entra na fase escolar, iniciando pelo jardim de infância,  já são ensinadas a aprender o conceito de compartilhar  e dividir para que o grupo como um todo possa ganhar mais a frente, e seja  benéfico para todos.  Ai está o conceito do “coletivo” em oposição ao “individualismo”. Não é a toa que estes países   estão a frente em termos de desenvolvimento  em quase todos os aspectos  dos quesitos sociais, econômicos e financeiros.

Dizer “sim”   para tudo o que uma criança faz, e ainda achar graça, pode vir a gerar um jovem ou adulto  que não vai compreender os seus próprios limites, e vai com certeza achar que o mundo e as pessoas  foram  feitas  exclusivamente para   atender aos seus desejos e vontades. Nós vemos diariamente vários exemplos de jovens que não conseguem se comportar de maneira adequada em um ambiente corporativo ou social. Vivem como se fossem as vitimas do mundo,  procuram sempre alguém ou alguma circunstância para culpar o que na realidade é fruto de sua incapacidade de compreender  que os seus direitos terminam  quando se  inicia a prerrogativa das outras pessoas.

Educar as crianças para que desde cedo cada uma compreenda que tem que fazer a sua parte, é mais do que nunca um dever ético dos próprios pais, pois devem raciocinar da seguinte maneira: que tipo de ser humano eu estou oferecendo para a sociedade, eis ai novamente o conceito do “coletivo”. Não devemos pensar individualmente, pois todos nós fazemos parte da sociedade. Se cada um de nós fizer a sua  parte, com certeza nós teremos um mundo muito melhor e principalmente mais justo.

Para educar uma criança, na verdade não é necessário se ter muito dinheiro,  digo, não necessário muito “capital”  para ensinar a ela que  deve dividir com os outros,  tem direitos mas também tem deveres, que  é preciso dialogar ou  muitas vezes mostrar de uma maneira  mais incisiva  o que a vida espera dela.  Essa desculpa de que meu filho  é assim por causa da natureza dele, ou de outras circunstâncias já não cola mais. É preciso estar atento às atitudes das crianças ou dos jovens, para corrigir o que é necessário a tempo, pois depois de uma certa idade pode ficar muito difícil, pode já não adiantar.

Porque não ensinar a criança que desde cedo,  ela pode lavar o prato dela, deve ter horário para fazer o dever de casa, brincar ou ficar na internet, que ela deve respeitar os mais velhos, ensinar que ela pode emprestar os seus brinquedos e  cultivar  nelas o conceitos de ética, moral e caráter.

Então nós temos um dever de vida: deixar adultos mais éticos e humanos para a sociedade em que estamos vivendo.  Isto começa na família, passa pela sala de aula e se estende pela vida toda. Pense nisso.  O grande homem e orador Martin Luther King nos disse em idos de 1962: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário