Quando é que a gente começa a educar uma criança? Há
um velho ditado popular que fala o seguinte:
“a educação vem de berço”. Pois é, desde uma tenra idade nós devemos ensinar as crianças a
reconhecer que há limites para tudo na vida, ou seja, um “não” sempre que for
necessário não vai fazer nenhum mal, ao contrário, vai fortalecer a capacidade
da criança entender que é necessário
olhar o mundo e as pessoas ao seu redor com mais respeito e consideração.
Em vários países como os
Estados Unidos, Japão e China , desde o
momento em que a criança entra na fase escolar, iniciando pelo jardim de
infância, já são ensinadas a aprender o
conceito de compartilhar e dividir para
que o grupo como um todo possa ganhar mais a frente, e seja benéfico para todos. Ai está o conceito do “coletivo” em oposição
ao “individualismo”. Não é a toa que estes países estão a
frente em termos de desenvolvimento em
quase todos os aspectos dos quesitos
sociais, econômicos e financeiros.
Dizer “sim” para
tudo o que uma criança faz, e ainda achar graça, pode vir a gerar um jovem ou
adulto que não vai compreender os seus próprios
limites, e vai com certeza achar que o mundo e as pessoas foram feitas exclusivamente para atender
aos seus desejos e vontades. Nós vemos diariamente vários exemplos de jovens
que não conseguem se comportar de maneira adequada em um ambiente corporativo
ou social. Vivem como se fossem as vitimas do mundo, procuram sempre alguém ou alguma
circunstância para culpar o que na realidade é fruto de sua incapacidade de
compreender que os seus direitos
terminam quando se inicia a prerrogativa das outras pessoas.
Educar as crianças para que
desde cedo cada uma compreenda que tem que fazer a sua parte, é mais do que
nunca um dever ético dos próprios pais, pois devem raciocinar da seguinte
maneira: que tipo de ser humano eu estou oferecendo para a sociedade, eis ai
novamente o conceito do “coletivo”. Não devemos pensar individualmente, pois todos
nós fazemos parte da sociedade. Se cada um de nós fizer a sua parte, com certeza nós teremos um mundo muito
melhor e principalmente mais justo.
Para educar uma criança, na
verdade não é necessário se ter muito dinheiro, digo, não necessário muito “capital” para ensinar a ela que deve dividir com os outros, tem direitos mas também tem deveres, que é preciso dialogar ou muitas vezes mostrar de uma maneira mais incisiva o que a vida espera dela. Essa desculpa de que meu filho é assim por causa da natureza dele, ou de
outras circunstâncias já não cola mais. É preciso estar atento às atitudes das
crianças ou dos jovens, para corrigir o que é necessário a tempo, pois depois
de uma certa idade pode ficar muito difícil, pode já não adiantar.
Porque não ensinar a criança
que desde cedo, ela pode lavar o prato
dela, deve ter horário para fazer o dever de casa, brincar ou ficar na
internet, que ela deve respeitar os mais velhos, ensinar que ela pode emprestar
os seus brinquedos e cultivar nelas o conceitos de ética, moral e caráter.
Então nós temos um dever de
vida: deixar adultos mais éticos e humanos para a sociedade em que estamos
vivendo. Isto começa na família, passa
pela sala de aula e se estende pela vida toda. Pense nisso. O grande homem e orador Martin Luther King
nos disse em idos de 1962: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o
silêncio dos bons”.
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